Avaliação do Curso

AVALIAÇÃO FINAL DO CURSO
Duas perguntas norteadoras
1) O que aprendi com a disciplina História da Infância e Políticas de Educação infantil no Brasil?
A discussão mais marcante para mim foi e torno do conceito de infância e criança e as tendências que influenciam as políticas direcionadas à Educação Infantil.
Chegar à visão crítica da Educação Infantil se fez um ideal a perseguir a partir desse curso. As leituras propostas pela professora, principalmente de autores vistos como autoridades nas pesquisas sobre o tema, como Kuhlmann Jr, Kramer e Oliveira me auxiliavam nas reflexões. Sempre gostei de estudar história. Apesar de alguns acharem um tanto quanto monótono, estudar sobre história e políticas, no meu caso, tenho a clareza da importância de se investir no estudo desse ramo do conhecimento, pois tudo o que temos hoje na educação, tem uma história que levou a isso e se achamos que as políticas vigentes não atendem às nossas necessidades, analisando os conceitos e a dinâmica brasileira, entendemos que as mudanças são morosas e que nem sempre elas garantem avanços e que os retrocessos fazem parte do jogo (infelizmente).
Mas... se a Constituição Federal de 1988 representa um marco para a Educação Infantil ao garantir, no art. 208 inciso IV - o atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade, as décadas posteriores à carta magna no Brasil continuam evidenciando que apesar dessa garantia, o Estado ainda se furta em fazer cumprir de fato esse direito a muitas crianças.

2 ) Quais foram os impactos em minha vida docente
Primeiramente, parei de refletir sobre qual conceito de infância (educação infantil) construí ao longo da minha vida. É incrível como gosto da visão de jardim de infância. Amo cuidar das “flores”. Tenho consciência de que, na verdade, as crianças são sujeitos, mas fiquei incomodada e decidi mudar um pouco o discurso de “mãezona”. Sempre me referi aos alunos como “meus meninos” e sempre tive uma relação muito afetiva com eles. Cheguei a pensar que a tendência crítica, apontada por Kramer, exigiria cortar o afeto. Mas, na verdade, raciocinei que o que é preciso controlar é mania de isentar os pais e a escola onde atuo da responsabilidade que lhes compete e parar de bancar a mulher‑maravilha, tentando resolver tudo, desde me calara diante de desmandos e de ter uma postura assistencialista frente aos pais. Objetivos: buscar estabelecer uma relação de autoridade com as crianças, com os pais e com as colegas. Acredito que sempre busquei isso, só que agora farei isso mais conscientemente.
Esse curso me fez refletir: Quem é Obetisa?
Olhando pelo ângulo da Educação, eu sou fruto de políticas para Educação Infantil baseadas na teoria ad privação cultural, com caráter compensatório. Comi a sopa da LBA, estudei no horário intermediário, a minha turma de pré de 4 anos em 1983 tinha uma monitora adolescente que mais tarde namorou o meu irmão e até hoje é minha amiga. Meus colegas e minha irmã participaram de movimentos pró-constituinte e cantaram uma paródia na Câmara dos Deputados, onde falava...
“Constituinte, você é a esperança dos adultos e das crianças.
Amor e paz é o que queremos, este é o direito que nós já temos.
O nosso mundo não é colorido, não é lindo, não é uma bola de sabão, não é ilusão, nossos caminhos não são floridos, não são lindos, não tem sabor de emoção.
Vem que estamos a esperar, se o Brasil mudar, seremos mais felizes..basta só você lembrar, tem criança para educar. É só acreditar!”
Os meus professores de 1º grau
São as minhas maiores referências de profissionais.
Os meus professores do magistério viveram comigo a incerteza do fim do magistério em nível de 2º grau.
Os meus professores de Pedagogia na UnB, viveram comigo as discussões e as mudanças no currículo do curso...
O curso que passei em 1995 quando ainda estava no 2º ano do magistério foi o último realizado pelo Instituto IDR.
Fui uma das últimas a entrar na fundação no regime 20/20 na Secretaria antes da Escola Candanga.
Vivi a implantação da jornada ampliada na Fundação Educacional, que passou a ser “Secretaria de Educação”, vivi a implantação o Ensino Fundamental de 9 anos e o projeto do Bloco Inicial de alfabetização (BIA). Vivi os impasses da Inclusão de alunos vindos do Ensino Especial e estou atualmente cursando uma Especialização em Educação Infantil promovida pelo MEC-UnB.
O que quero dizer com tudo isso é que me percebi como um sujeito histórico de verdade. Estou presente nas principais mudanças na Educação no Brasil e do DF nos últimos 30 anos.
Me pergunto: Será que sou o que o Estado projetou ao instituir um programa de atendimento educacional de massa? Se participasse de uma pesquisa sobre o rumo das crianças atendidas na Educação Infantil no início dos anos 80, os pesquisadores apontariam que o investimento do Estado resultou na mudança de vida da minha família?
Não diria que compensou a “falta”, mas sim me possibilitou viver experiências significativas que auxiliaram no estabelecimento de relações valiosas.

09/04 - Apresentações dos Trabalhos

Apresentações das pesquisas - Grupos de 1 a 5
Brasil - Décadas de 80, 90 e 2000
DF - Décadas de 60, 70 e 80
Gostei das apresentações. As colegas estão de parabéns pelo esforço. Espero contar com o material produzido nas pesquisas. Assumimos o papel de pesquisadoras e em pouco tempo realizamos trabalhos com informações significativas. Obrigado Profª Maysa, pela oportunidade de vencer esse desafio (Difícil!!!)

09/04 - Apresentações dos Trabalhos


Apresentações das pesquisas - Grupos de 1 a 5
Brasil - Décadas de 80, 90 e 2000
DF - Décadas de 60, 70 e 80
Gostei das apresentações. As colegas estão de parabéns pelo esforço. Espero contar com o material produzido nas pesquisas. Assumimos o papel de pesquisadoras e em pouco tempo realizamos trabalhos com informações significativas. Obrigado Profª Maysa, pela oportunidade de vencer esse desafio (Difícil!!!)