26/02 - Memorial

Eu sou a filha caçula de quatro irmãos da família Cardoso. Nasci na cidade satélite do Gama - Distrito Federal, no ano de 1978. Hoje tenho 32 anos, sou casada com Alex Ander há 8 anos e tenho um lindo rapaz de quase 4 anos chamado Samuel. Sempre estudei em escola pública, me formei em Pedagogia na UnB em 2002. Estou trabalhando na Secretaria de Educação há 14 anos e me considero uma amante da profissão de educadora.
Antes de falar do meu caso de amor com a Educação Infantil, gostaria de falar um pouco mais sobre minha história de vida. Nasci na cidade satélite do Gama - Distrito Federal, no ano de 1978. Sempre fui cercada de muitos cuidados. Minha mãe teve uma gravidez difícil e por ter sofrido hemorragia após o parto. Nasci pequena e até a idade de 15 anos fui muito magra e sempre estava doente. Não tenho lembranças da época em que morei no gama. Sei que minha mãe conta das travessuras que meus irmãos e eu aprontávamos, como comer banana verde, espiar minha tia namorando, imitar a “Gretting”, pular na barriga da minha irmã fingindo ser a ‘Batgirl”, com o capuz da toalha na cabeça.
Mudamos para a Ceilândia em 1981. Posso dizer que as lembranças da minha infância, da minha vida escolar, se confundem com a história dessa cidade. Como o bairro P. Sul tinha pouco tempo de existência, necessitávamos de infraestrutura, como abastecimento regular de água, asfalto, escolas, transporte e segurança. Junto com o meu desenvolvimento vivi o desenvolvimento da cidade e por isso tenho um senso de pertencimento muito grande em relação ao lugar mais nordestino do DF. Falando em nordeste, por ser filha de maranhenses, a cultura popular da região sempre fez parte da minha vida. Sendo o meu pai músico, posso dizer que a minha educação infantil no lar foi regado por muitas canções, harmonia, brinquedos cantados e confraternização. Antes mesmo de entrar na escola eu já cantava as músicas infantis, pois brincava com meus irmãos mais velhos, primos, vizinhos de escola. Meu pai fazia questão de tocar na sanfona e no piano músicas para a garotada cantar. Uma música infantil popular que me lembro muito bem é:
Eu vi uma barata na careca do vovô
Assim que ela me viu
Bateu asas e voou
Dó ré mi fá
Fá fá
Do ré do ré
Ré ré
Dó sol fá mi
Mi mi
Dó ré mi fá
Fá fá
Cantávamos assim porque todos queriam tocar ao piano essa melodia que o meu pai nos ensinara.
Esse hábito me ajudou a gostar da escola quando comecei a frequentar a turma do Pré I no ano de 1982 na escola Classe 46 do Psul. Quero dizer que fui privilegiada por iniciar a minha vida estudantil nesse período de ebulição na educação, principalmente no que tange à Educação Infantil. Como nos mostra Vilarinho:
O Ministério da Educação passa a se ocupar da educação pré-escolar, que se torna ponto de destaque no II e no III Plano Setoriais de Educação e Cultura (PSEC), que eram desdobramentos dos Planos Nacionais de Desenvolvimento, elaborados durante o governo militar, para os períodos 1975-79 e 1980-85. Além de solução para os problemas da pobreza, a educação infantil resolveria as altas taxas de reprovação no ensino de 1º grau (Vilarinho, 1987). Apud Kullmann 2000.
A questão do gosto por ouvir histórias, causos, repentes, contribuiu para o desenvolvimento da minha linguagem. Curioso notar que a minha família mantinha a o costume de fazer “rodinha de conversa” e momentos para a oração. Comíamos juntos à mesa e agradecíamos pelo alimento. Uma vez, o meu pai estava orando e disse: “Senhor, nunca deixe faltar o pão de cada dia...” Eu interrompi e acrescentei ao Pedido: “E a manteiga também”. Nessa ocasião eu tinha 5 anos e já me destacava por ser de opinião e por ser muito esperta na escola.
Como é bom me lembrar da minha vida na escola. Posso afirmar que sempre fui feliz nela, mesmo passando por situações difíceis, mas acredito que tudo serviu para me tornar uma pessoa melhor, uma profissional com referência de como ser uma pessoa que marca ao passar na vida dos meus alunos. Tudo que faço na minha profissão, de certa forma estou reproduzindo o que aprendi com os meus mestres, tanto com os de casa como os das escolas que freqüentei. E a que me refiro que aprendi? Aprendi a ser solidária, ter rotina, cantar no começo da aula ( não me esqueço do momento em que todas as turmas se reuniam no pátio para cantar, especialmente a música “Pai Abraão” que era uma verdadeira ginástica para os membros do corpo e me causava risos porque o nome do meu irmão do meio é Abraão). Das brincadeiras mais marcantes destaco uma em que usávamos pneus velhos. Brincávamos de corrida, onde levávamos o pneu empurrando com a mão. Como era muito “cibita”, a impressão que eu tinha era que o pneu era de caminhão de tão grande que era para o meu tamanho. A gente também costumava rolar no gramado da escola, onde tinha um declive e geralmente os adultos não interferiam nessa brincadeira “perigosa”. Hoje confesso que não deixaria os meus alunos repetir essa travessura, pois eram frequentes as batidas de cabeça, ferimentos na grama e encontrões com outros colegas. Essa era uma alternativa para a falta do parque. Em compensação, brincávamos de tudo que criança de verdade brinca: bola, amarelinha, estátua, corre-cutia, cadeirinha, “meu burrinho leva carga sem sentir”, elástico, pique - esconde, sem contar que na escola dançávamos todas as músicas da Xuxa, Balão Mágico, Trem da Alegria, Mara Maravilha... Vejam só, os anos 80 parecem ter sido a melhor época para se divertir e aprender coisas de criança. É verdade que a cultura de se usar a TV como babá aumentou nesse período, e o apelo comercial de produtos infantis bombou, mas ainda éramos crianças.
Todas essas boas lembranças, entre outras coisas, me influenciaram na escolha da profissão. Eu queria continuar nesse lugar encantador e disseminador de conhecimentos, facilitador da socialização, onde a cultura era dada a conhecer e se modificava. Procurei durante o meu curso Normal aproveitar tudo que me fizesse uma boa professora. O juramento que fiz no dia da colação de grau não sai da minha mente: “... Se formar homens eu conseguir, sentir-me-ei honrada.”
Com isso na cabeça, iniciei a minha carreira aos 18 anos, numa turma de Educação Infantil de 4 anos. Tudo era novo ‑ Preencher diário, coordenar, não ter recreio, não ter parque, ter de “ensinar” conceitos como alto e baixo através de exercícios mimeografados do tipo: “pinte a árvore mais alta”. Isso não fazia sentido na minha cabeça: Se na escola tinham muitas árvores, por que a gente não podia fazer comparação entre elas? Parece que seria perigoso ‑ e de fato era. Meninos grandes correndo, projeto arquitetônico falho, falta de um monitor para auxiliar com as quase 30 crianças...
No meio dos meus amigos, principalmente entre os que trabalhavam com disciplinas específicas, havia um sentimento de decepção pois, para eles, menino de prezinho só brincava. Para mim isso no fundo fazia sentido, pois perdia contato direto com os conteúdos programáticos mais “avançados”. Só mais tarde, na graduação, ao conhecer a professora Fátima Guerra e a sua paixão por essa fase da Educação, entendi que o que fazemos nos anos iniciais na Educação Infantil é primordial para o bom desenvolvimento das crianças.
Mesmo assim, sem saber direito o que estava fazendo, o meu início na carreira foi legal, apesar de ter sido uma época onde o conceito de construtivismo estava sendo mal interpretado nas escolas, tentei deixar uma boa marca nos meus lindinhos que dançaram muito as músicas das “Chiquititas” comigo e experimentaram atividades psicomotoras e teatrais, além de fazer muita bolinha de papel crepom (era moda na época).
Nos próximos anos, por questão de pontuação, só conseguia trabalhar com alunos maiores e sempre me perguntava se a dificuldade que o aluno enfrentava, principalmente na oralidade, na falta de criatividade e de raciocínio lógico, não seria fruto da metodologia adotada desde a educação Infantil de se trabalhar somente com atividades de papel, sem ligação com as necessidades reais dos alunos, com o culto à apresentação de espetáculos vazios culturalmente, a falta de parque e de atividades motoras.
Decidi tentar trabalhar com a Educação Infantil sempre que possível, para evitar que os meus alunos saíssem da educação Infantil como umas verdadeiras “lagartinhas” papadoras de folhas ‑ exercícios mecânicos e sem significado para eles.
Em 2005 trabalhei no Jardim de Infância e Escola Classe 31 do Setor “O”. Que Alegria! Fiz tantas amizades, desenvolvi tantos projetos, que não consigo falar tanto, recomendo que o leitor veja com seus próprios olhos o material produzido nesse ano pelo 1º Período, Turma “G”, Vespertino: gravamos um CD com as músicas preferidas, fizemos um desfile de moda baseado na flora brasileira, fizemos atividades de educação física, dança e jogos. Tinha a “Tia Maricota”, que contava história, produzimos o caderno histórico da criança, o caderno de imagens de livros lidos pelos pais, dramatizamos, cantamos, passeamos, tudo isso foi eternizado pelas fotos e pelo trabalho do tio Túlio, que era tio da Sarah, a minha fofuxa, que não me esqueço. O trabalho foi tão rico, que até um tema que é difícil de lidar, que é a agressividade, virou tema de um poema que fiz especialmente para eles: “Suas mãos”.
Considero-me mais madura profissionalmente nessa época. Fiz tudo isso com o auxílio das famílias, que considero minhas parceiras.
Em 2009, voltei a trabalhar com uma turma de 5 anos. Era reduzida por causa do aluno Daniel, que tinha um diagnóstico de TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento). Foi muito difícil, mas no final posso dizer que foi a maior conquista da minha carreira. Desenvolvi muitos projetos, mas a falta de condições adequadas me fez pensar na viabilidade da inclusão. Acredito que esse seja o caminho certo a seguir, mas ainda temos de avançar em muitos aspectos. O trabalho foi tão bom, que a direção da escola me convidou para assumir a coordenação no ano de 2010. Confesso que não é fácil mudar práticas tão arraigadas, mas plantamos algumas sementes. O “Projeto Maritaca”, desenvolvido pela Secretaria de Educação, me ajudou a ganhar espaço nas coordenações e propor estudos sobre os temas: Planejamento, Rotina, Trabalho Diversificado e Avaliação na educação Infantil. Esses temas foram apontados no SIADE de 2009 como os mais problemáticos. Produzi um portfólio da escola em dezembro e percebi que fizemos muita coisa significativa. Nas fotos, ficam claras as expressões de felicidade dos alunos e professoras.
Felicidade! Para mim, essa é a palavra que deve ser a marca identificadora da Educação Infantil. Apesar de a teoria dialética afirmar que desenvolvimento vem com o sofrimento, acredito que mesmo o sofrimento do período da separação dos pais, a dificuldade em aceitar as regras, o aprendizado de compartilhar, produz bons frutos. Não dizem por aí que a função da Educação é formar cidadãos? Compartilho o pensamento de Oscar Wilde: “A Melhor maneira de tornar as crianças boas, é
torná-las felizes”.
Quero tornar boas as crianças com quem convivo. Boas em se expressar, em entender o mundo, em socialização, em companheirismo, em criação, em união, em amar e em ser amadas. Pois, no final das contas, são as relações que ficam na mente. Eu não me lembro de quantas vezes fiz bolinhas de papel crepom na minha turma de prezinho, mas me lembro de muitas risadas, das músicas, das brincadeiras e do cheiro de tempo bom. Essas lembranças que me visitam quando estou em casa com meus sobrinhos e com meu filho ou atuando na minha escola servem como bússola e me ajudam a constatar que sou uma educadora de crianças.

26/02 - Aula

Início da aula
Leitura de dois memoriais
·      Linha do tempo – A Educação Infantil
o     Início: 1875
o     2007 – última informação
o     Completar essa linha: 2008, 2009, 2010 e 2011
·      Leitura do 2º capítulo da dissertação da professora: “Qual é o espaço da biblioteca na Educação Infantil?”
o     Didactica Magna (1633) Comenius
o     Conhecer as fases do desenvolvimento em que os seus alunos estão.
o  1º jardim de Infância, criado em 1937, por Froebel, na Alemanha. Influenciou estudiosos. Movimento irrigou na Europa e nos EUA. Tudo muito elitista.
No Brasil, os primeiros foram no Rio e depois em São Paulo (particulares).
1º público: 1896. Anexo à Escola Normal Caetano de Campos. Muito concorridas.
o  Após a segunda guerra mundial, era industrial – necessidade de mão-de-obra... “Com quem deixar os filhos?” Criação de várias escolas pré-escolares para se “cuidar” dos filhos das trabalhadoras.
o  Tendências estipuladas por Kramer – 3: romântica; cognitiva; crítica.
§  Ideal: chegar à tendência crítica.
As políticas seguem tendência e, querendo ou não, elas contemplam idéias de uma tendência.
2º momento: modelo de massa – quanto mais criança na escola, melhor.
3º momento: pós-ditadura militar.
§  Marco oficial: Constituição oficializa a Educação Infantil.
§  Leis: LDB 4.024/61 – 5.692/71
§  Programa de Educação Pré-Escolar (CF Brasil, MEC, 1981)
§  Começo dos anos 80.
§  Constituição de 1988. Artigos: 205 – direito de todos; artigo 208, IV – garantia de atendimento de 0 a 3 anos.
§  Anos 90: ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13 de julho 1990. Muitos acham que é repetitivo, mas visa ratificar os direitos e criar mecanismos para efetivá-los na prática.
Documento: Política Nacional de Educação Infantil, aprovado pela portaria nº 1.739, de 20 de dezembro de 1994. O termo Educação Infantil apareceu pela primeira vez, mas já era reflexo dos pensamentos que formularam a LDB de 96, ampliação de 0 a 6 anos.
Desenvolvimento pleno – pleno desenvolvimento... Incoerente, segundo Fátima Guerra.
Melhor: integral e integrado.
§  Currículo – Documento oficial para reunir projetos, programas, propostas. Ref. Curricular Nacional para a Educação Infantil RCNEI (MEC, 1998).
à Procurar saber o que existe na escola: leituras, materiais, jogos, etc.
§  É papel de quem, ir atrás de repassar as informações?
§  CEB, CNE, INEP – características das diretrizes tem força de Lei.
Parâmetros à para ensino fundamental, equivalem ao Referencial à para a Educação Infantil.
§  Material – Parâmetros em ação
Parecer – fundamentado a resolução. A resolução -  ações fundamentais, pontuais.
Fundamentos a serem considerados na escola – 7 de abril de 1999 tem uma nova.
§  Dados numéricos sobre o censo
§  Fala de Redim...
à Qualidade
Ouvir as crianças. Elas são o melhor parâmetro.
à Completar a linha do tempo 2008 a 2009.
Para a próxima aula: Linha do Tempo e a Resenha de um texto que a professora mandará por email.
3 partes:
- Identificação da obra e do autor;
- Identificação dos pontos importantes;
- Crítica: Concordar e discordar de pontos

19/02 - Avaliação

Avaliação:
·      Oficinário (oficina com seminário). Teoria e prática.
·      Pesquisa da última década da educação infantil.
·      Política de educação infantil no Brasil – Relatório de Avaliação.
·      Política Nacional de educação infantil pelo direito das crianças de zero aos seis anos à Educação (2005).
·      Cadastrar Revista Criança.


Elaborar 1 pergunta sobre o texto: “Histórias da educação infantil brasileira” – Moysés Kuhlmann Jr – Fundação Carlos Chagas – São Paulo. Autor – Cotato - Argumento de autoridade.
“autor que já estudou muito sobre o assunto”
è Confrontar, citar, etc.
Impressão do texto – o que achou...
            Texto não mascara a realidade, traça uma linha do tempo da educação infantil brasileira.
·     LDB – 96 – Coloca a educação infantil como 1ª etapa da educação.


PERGUNTA  Quais embates entre concepções educacionais o autor apresenta?
·      Embates entre concepções educacionais – família e instituição.
·      Embate do que seria educação e assistência – nesse contexto, o cuidar seria assistencialismo, portanto não-pedagógico.
·      Embate entre concepções puericultura e higiene.
·      Embate entre as concepções, jogos e brincadeiras.
·      Embate entre concepções educacionais – desenvolvimento, cognição e recreação.

P/ próxima aula
·      Memorial: minha história com a educação infantil. Texto narrativo reflexivo.
    • Começar com como nos encontramos com a educação infantil.
    • Começar a falar da história pessoal.
·      Objetivo o trabalho com o portfólio.
·      Objetivo da educação assistencialista
·      Pedagogia da submissão – pouco investimento para classe pobre – dar subsídio que o povo tivesse condições de receber ordens: “saber entender as ordens que recebiam”.
-        Saber manusear os objetos, aparelhos.
·      Valorização da educação infantil prevista na LDB não ocorreu de fato nas escolas. Elimina-se educação infantil para colocar turma de alfabetização.
·      Perfil do educador para educação infantil.
·      Relação entre oferta de creche e o capitalismo e comunismo.
·      Repressão.
·      Tentar ver a política de todos os lados, não só pela visão que nos beneficia.
·      Modelo de Educação defendido por Heloíso Marinho. Pág. 15.
·      Sugestão: livro “Didática Magna” – Comêncius. Leitura.
è Apresentação de slides sobre criança e infância – construção social e histórica dos conceitos.
è Apresentação de um memorial para ilustração. Escrito em 1ª pessoa: se apresente, situe no tempo e no espaço.
·      Pesquisa “de uma década” – políticas públicas.
·      Portfólio – construção a cada aula.
Pesquisa
Brasil
Grupo 1 – Brasil 1980/1990 (nosso grupo)
Grupo 3 – DF 1970/1980
Grupo 4 – Brasil 2001/2010

26/02 - Linha do Tempo

1875 
Criação do 1º Jardim de Infância, no RJ de fluência froebeliana, particular, com o nome de Colégio Menezes. 

1877
Criação do 2º Jardim de Infância em SP, Escola Americana (atualmente Colégio Mackenzie), particular. 


1896 

Criação do 1º Jardim de Infância Público em SP, Escola Normal Caetano de Campos. 


1961 

Criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional do Brasil. LDB nº 4.024. 


1971

Implantação e atualização da 1ª Lei de Diretrizes e Bases da Educação Infantil do Brasil. Lei nº 5.692/71. Crianças com idade inferior a 7 anos (ou seja de 0 a 6 anos) receberão educação conveniente. Na perspectiva explicitada por Kramer, especialistas da Educação da Infância da atualidade criticam a LDB. 


1975

A Educação Infantil foi inserida entre as ações do MEC e criou-se a Coordenação de Educação Pré-Escolar - COEPRE (crianças de 4 a 6 anos). 


1979 

A oficialização do "Movimento de Luta por Creches". 


1980 

Implementado o Programa de Educação Pré-Escolar, que priorizava as crianças de 4 a 6 anos (1ª fase da Educação). 


1981 

Lançamento a Nível Federal, implantação e implementação do Programa de Educação Pré-escolar (cf. Brasil, MEC 1981). Implantação e Implementação do Programa Pré-escolar (PROEPRE). 


1986 

Surgimento do primeiro jardim de infância estadual em SP, anexado a Escola Normal Caetano de Campos, para atender aos filhos das autoridades e de pessoas socialmente fluentes. 


1987

Extinto a COEPRE, e o programa de pré-escola passa a ser coordenado pela Secretaria de Ensino Básico do MEC. 


1988 

A Educação passa a ser direito de todos com a Constituição de 1988. Foi decisiva para a valorização da educação nos primeiros anos de vida e da afirmação do direito à educação em creches e pré-escolas. RCNEI, voltado para crianças de 0 a 6 anos com os três eixos: as brincadeiras, a movimentação das crianças e as relações afetivas. Inaugurou-se a nova fase na Educação Infantil sob o eixo "cuidar e educar" (cf. UNESCO, 2002). 


1990 

Criação da nova Lei de proteção ao cidadão menor, Lei nº 8.069 em 13/07/90, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 


1993 

Criação da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) 


1994 

Aprovação da nova Portaria nº 1.739, Política Nacional de Educação Infantil dentro das Diretrizes. Reconhecimento de que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica, não sendo obrigatória, mas o Estado deverá ter a obrigação de atender. 


1995 

A LBA - Legião Brasileira de Assistência foi extinta prevalecendo, no entanto, o programa e dotação orçamentária para creche no âmbito da assistência social e federal. 


1996 

Reconhecido em legislação oficial: 1ª etapa da educação básica pela LDB da Educação Nacional. A educação infantil ganhou novo impulso gerando programas e projetos necessários para resoluções de problemas. LDB Lei nº 9.394/96. 


1997 

A Creche do antigo Ministério do Interior foi incorporada à rede pública, passando a ser denominada Centro de Educação Infantil 1 de Brasília-DF. 


1998

Elaboração do Parecer CNE/CEB nº22/98. A integração da Educação Infantil no âmbito da Educação Básica como direito das crianças de 0 a 6 anos e de suas famílias. Elaboração do RCNEI em 3 volumes, cujo objetivo é de uma orientação curricular de nível nacional voltada para as crianças de 0 a 6 anos. 


1999 

Criação da Resolução CNE/CEB nº 01/99 de 07/04/99, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Documento indispensável para o educador na elaboração de sua proposta pedagógica. Criação da Ação Compartilhada de Políticas de Ação Integral. 


2000 

Parecer CNE/CEB nº 04/2000. Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, enfatiza os seguintes aspectos normativos: 1 - Vinculação das Instituições de Educação Infantil aos sistemas de ensino; 2 - Proposta Pedagógica e Regimento Escolar; 3 - Formação de Professores para o trabalho na Educação Infantil; 4 - Espaços Físicos e Recursos Materiais para a Educação Infantil. CONANDA, diz: a Educação Infantil tem a finalidade de garantir um ensino público de qualidade. 


2001

Diretrizes Nacionais para a Política de Atenção à Infância e a Adolescência (CONANDA 2001 - 2005). Parecer CNE/CEB nº17/2001. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Inclui no item 1.2 a Lei nº 10.172/01, das ações preventivas nas áreas visual e auditiva até a generalização do atendimento aos alunos na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Diretrizes Nacionais para a Política de Atenção Integral a infância e a adolescência. 


2002 

Censo Escolar (INEP) obteve o índice de crescimento de 4% entre 2001 e 2002, referente ao número de alunos incorporados ao sistema do Programa de Desenvolvimento Profissional Continuado, principalmente o número de crianças registradas em Creches, que foi de 5,3%. Foi implantado o Projeto Coordenação em Foco (para os docentes), promover na educação infantil, linguagem oral e escrita, projetos de trabalho, auto-estima e sexualidade. As leis e diretrizes que norteiam e orientam o atendimento às crianças de 0 a 6 anos. Criação do Parâmetros em ação: Educação Infantil. 


2003 

Criação da Instituição do fundo de manutenção e desenvolvimento da educação infantil, destinada aos profissionais do magistério em efetivo exercício de suas atividades e desenvolvimento da educação infantil. Criação da Declaração Universal ratificando os Direitos da Criança, visando que a criança tenha uma infância feliz e goze dos seus direitos e liberdades ali enunciados. 


2004

Realizada a premiação da Qualidade da Educação Infantil. Iniciou-se o atendimento público municipal para crianças de 0 a 3 anos por meio da implantação das unidades municipais de educação infantil o atendimento até esta data era privado. O Conselheiro Nélio Marcos foi designado pela Câmara dos Deputados de Educação para a ampliação do ensino fundamental para 9 anos. 


2005 

Realizou-se o 1º Seminário dos Professores no Brasil. Premiação recebida pelos Professores do Brasil. Trabalhos premiados na Educação Infantil e na Educação Fundamental em todo o Brasil referente a vários projetos. Criação do Proinfantil, cursos destinados aos professores da Educação Infantil. Não foi autorizada a transição para os sistemas educacionais, pois o financiamento da educação infantil foi insuficiente para a grande parte dos municípios. Tornou-se obrigatório por lei a matrícula das crianças de 6 anos de idade no ensino fundamental. A Comissão da UNESCO/OCDE realizou um diagnóstico sobre a educação infantil no Brasil, concluindo que as mudanças legais que foram introduzidas na década de 1990, foram positivas, porém, constatou a permanência de problemas sérios no acesso e na qualidade da educação infantil em nosso país. 


2006 

Criação da Lei nº 11.274, dispondo sobre a duração de 9 anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 anos de idade. Houve melhorias na qualificação dos professores de educação infantil. A oferta da creche foi municipalizada e na pré-escola, 70,1% houve atendimento municipalizado. A educação passa a ser diária para as crianças de 0 a 5 anos. 


2007

Baixado o Decreto nº 6.094, Art. 2º, II, em 24/04/07, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade de educação básica. Alfabetizar as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade; Art. 2º, X, promover a Educação Infantil. Foi implantado o Programa Pro-Infância destinado com recursos federais à construção de creches e pré-escolas. O Projeto de Lei de conversão 07/2007, foi aprovado pelo Plenário da Câmara, regulamentando o FUNEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, criado pela Ementa Constitucional. Houve a criação do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica selecionando municípios que deverão receber recursos da união. No segundo ano de implantação do ensino fundamental de nove anos, poderá a Secretaria de Educação receber demanda por matrícula de crianças com 7 anos que não tenha frequentado o 1º ano do ensino fundamental no ano letivo anterior. Implantação de metas do governo. 

2008
Piso Nacional do Professor, aprovado em 2008
(R$ 950,00)
Lei 11.738 sancionada em julho de 2008 - Estabelece o piso salarial.
Portaria nº 1.264 de 17/10/2008 - Aprova, em extrato, o Instrumento de Avaliação Externa de Instituições de Educação Superior do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES
Lei 11.769 de 18/08/2008 - Determina a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de educação básica.

2009
Parecer CNE/CEB nº 13/2009, aprovado em 3/06/2009 - Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na Educ. Básica, modalidade Educ. Especial.
Parecer CNE/CEB nº 20/2009
Aprovado em 11/11/2009 - Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Parecer CNE/CEB nº 22/2009, aprovado em dezembro de 2009 - Diretrizes operacionais para a implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.
Resolução CNE/CEB nº 5/2009, de 17 de dezembro de 2009 - Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

2010
Plano Nacional de educação 2011 a 2020
20 metas
Apresentado por Fernando Haddad, Ministro da Educação no dia 15/12/2010.
Parecer nº 7/2010, 7 de abril de 2010 - Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.

2011
Novas diretrizes na educação em 2011, Segundo resolução do CNE, deverão integrar a Base Nacional Comum da organização curricular do ensino médio os seguintes conteúdos:
-O estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil;
- O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais.
O PNE 2011-2020 tem dez diretrizes, que prevêem, entre outras iniciativas, a erradicação do analfabetismo, a melhoria da qualidade do ensino, a valorização dos profissionais da educação, a gestão democrática da educação e a difusão dos princípios de equidade e do respeito à diversidade. O plano define metas e prazos para que elas sejam alcançadas. A meta número um é a universalização do atendimento escolar — até 2016, de crianças de quatro e cinco anos de idade e de adolescentes de 15 a 17 anos; até 2020, de crianças de até três anos (ampliação do atendimento em 50%). O aumento da oferta de educação integral pública também está previsto e deve atingir 50% das escolas até 2020.

REFERÊNCIA
ORNELAS, Maysa Barreto. Educação Infantil: uma história, várias idéias.

12/02 - Plano de Ensino



12/02 - Cronograma

12/02 - Cronograma (Trabalhos)

Políticas públicas para a educação infantil
no Brasil e no DF
Temário: Brasil: 1980 /1990 / 2000
                DF: 1960/1970/1980/1990/2000

Como: sorteio de décadas
Nº grupos: 8 grupos
Nº participantes: 4 por grupo (4 x 8 = 32)

Apresentação da pesquisa:
  • Trabalho escrito (portifólio)
  • Oralmente, auxiliado por PPT

Trabalho escrito
Forma: digitado em arial 12, espaço 1,5.
Estrutura
  1. Capa
  2. Apresentação (o que é, objetivos, partes da pesquisa)
  3. Metodologia (sujeitos, técnicas e instrumentos da pesquisa)
  4. Resultados (dados (itens do roteiro a seguir) e análise)
  5. Considerações Finais
  6.  Bibliografia
  7.  Anexos (documentos pesquisados) - opcional
  8.  Apêndices (material produzido pelo grupo)  - opcional

Roteiro:
1.    Panorama Geral
2.    Orgãos  governamentais responsáveis.
3.    Legislação vigente para EI na década.
4.    Dados quantitativos: crianças, educ.infantil, instituições, formação etc.
5.    Políticas: planos, programas, projetos (destacar os de maior impacto social).
6.    Principais publicações governamentais.
7.    Fatos marcantes da década.
8.    Avanços e retrocessos para EI.
9.    Impactos práticos na sala de aula.
10.Outros aspectos relevantes.

Apresentação Oral
·         Tempo: 30 min, em média
·         Em Power Point, com breves informações por slide.
·         Dar ênfase aos resultados (itens do roteiro): dados e análise do grupo.
·         Participação oral de todas.